quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Into the mind!

É curioso como algumas obras de arte começam a fazer merecido sentido e a importar muito depois do primeiro contato que se tem com elas.

Este é o efeito "Into the wild". Ou ao menos foi assim comigo...

O filme parece começar a rodar na nossa mente só após os créditos descerem. Há quem compreenda, acredito, de fato, a mensagem que se pretende passar tempos depois de tê-lo assistido.

Quando vi "Natureza Selvagem" pela primeira vez, não desconfiei o quanto o longa, ou melhor, a narrativa em si, já que se baseia em fatos reais, ia revolucionar meu emocional e fazer-me repensar algumas ideias, conceitos existenciais e sociais. Acho que a mensagem você vai pegando aos poucos na vida e nas imprevisibilidades dos acontecimentos.

A sutileza com que o drama é contado faz do filme uma obra de arte e da catarse certa. Não esquecendo a trilha sonora, que Eddie Vedder conduz magnificamente.

A história é de um rapaz que, por necessidade de sentimentos mais intensos, foi além do superficial do social e saiu em busca de sua verdade interior. Para tal, ao terminar a faculdade, abandona a casa dos pais, muda de identidade e mete-se na estrada com o objetivo de chegar ao Alasca.

A viagem de que se trata "Into the wild" é, na verdade, uma excursão à natureza interior do homem. Um convite à filosofia do "Conhece-te a ti mesmo", às fronteiras da razão e da emoção, se assim posso colocar.

Os quilômetros percorridos pelo jovem Chris McCandless até o Alasca nada mais são que uma metáfora para as estradas existenciais que o levam ao encontro do seu próprio ser, da sua identidade.

A comunhão de Chris não é só com a natureza. É com o bom selvagem que ele redescobriu existindo nele.

O filme fica. Mesmo depois de acabar!

“ Cause some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past."

"Os dias que eu me vejo só são dias que eu me encontro mais. E mesmo assim eu sei tão bem existe alguém pra me libertar..."

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