terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Enquanto isso...

Sim. Eu precisava escrever sobre isso. Compartilhar com alguém, com algum leitor do meu Blog, se é que há algum leitor. Ou ao menos tentar colocar em palavras o que eu mesmo não estou conseguindo assimilar.



Acho que não dormi bem na noite anterior. Era um misto de ansiedade, nervosismo, pavor e medo dos resultados. E claro, apatia total. Mas proposital, pois fiz questão de saber somente o básico e o que era necessário saber. Sendo a preparação um pré-requisito.



Pânico à parte, não podia mais adiar isso. Vi malograrem as esperanças de sair dessa mais uma vez com uma desculpa boba - enganando a mim mesma. Sabia do compromisso comigo e da importância de tal feito.



Mesmo dormindo pouco – o que acabou sendo um fator positivo – hesitando, decidi ir. Enchi meus pulmões de coragem, chutei a bola para frente e procurei fazer o jogo do Contente!



Chegando lá, à própria sorte, contei com uma aura farsante de coragem que pairou em mim, e segui em frente. Obedecendo às recomendações, entrei numa salinha quase como entrando num campo de concentração e aguardei.



Sabe aqueles minutos indefiníveis que antecedem alguma coisa importante ou algo que te aflige já um tempo? Foi mais ou menos assim.



Com tudo nos devidos preparativos, as pessoas esperadas já presentes na sala e eu “preparada”, deu-se o tão esperado (pelo menos foi o que me garantiram).



Só havia me esquecido de um detalhe diante desse alvoroço todo que criei: de me lembrar do ocorrido depois.



Acordei num recinto de pessoas sedadas – que compartilhavam da mesma experiência - com papos aéreos. Praticamente ao léu. E ainda com completa amnésia.



Tudo em vão. Todo aquele pavor, àquelas horas mal dormidas, aquele “vou fazer outro dia” clássico, simplesmente resultaram em um “foi só isso?” ignorante (pois não me lembrava de nada).



Abominável minha covardia.



E digo mais. A sensação de relax foi tão prazerosa, que até recomendo pra quem tiver curiosidade.



Endoscopia? Opa! Quero fazer uma vez por mês...rsrs



Já o resultado, cabe a mim as precauções.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tímidas por opção?

É um tanto quanto engraçado o que esse tal estado chamado “timidez” causa nas pessoas. Não sei dizer ao certo se é um estado mesmo ou se é algo contínuo. Se você é tímido ou se você está tímido. Decerto é algo que aflora no comportamento dos indivíduos. Mas por que tal assunto?

O engraçado de que me refiro tem um caráter, na verdade, pejorativo. A barreira que a timidez coloca em determinadas situações; a inibição de alguns atos (daqueles mais particulares, mais singulares); a dificuldade que ela impõe – em certos casos impõe mesmo – na comunicação, nas relações; certamente não fazem dela uma coisa engraçada. Bem longe disso.

Ultimamente venho pensando bastante nela. Eu nunca me considerei uma pessoa tímida. Pelo menos comparada a algumas pessoas que já observei na minha mera condição de psicóloga amadora. Na verdade, acho que o motivo dos meus atuais pensamentos são derivados dessa minha duvida – se a timidez é um estado momentâneo ou contínuo?
No meu caso, ela parece um dispositivo elétrico, que às vezes se aciona, vem à tona sem ao menos pedir permissão.

O que é engraçado, porque faz total contraste com o meu jeito faceto e extrovertido de agir...de às vezes.

Ela brota, normalmente, em ocasiões como – entrevista de estágio, apresentações de trabalho em sala de aula, com certas pessoas com as quais não tenho tanta intimidade e, sempre naquela hora do “desenrolo” com alguém. Enfim, ela não me pede licença e eu não consigo controlá-la.

Um amigo meu me disse uma vez, que eu era "uma pessoa antipática, metida". Ao decorrer da nossa amizade, ele se concertou dizendo que eu era "tímida". Na época não havia gostado. Hoje acho que compreendi. Ele dizia que as tímidas são reservadas, misteriosas e, que num primeiro momento podem até aparentar antipatia. Mas se você investir numa aproximação, vai descobrir pessoas incríveis, especiais. Isso explica sua preferência pelas tímidas.

O problema é que as tímidas – ou as parcialmente tímidas – não querem ser misteriosas ou reservadas. Elas querem expor todos os seus sentimentos e suas maluquices. Até aquelas mais singulares. Elas querem extravasar. Querem desligar o dispositivo.


Não, não é uma opção!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Assunto popular

Dia desses, quando voltava da faculdade depois da exaustiva aula de Teoria da Comunicação, deparei-me subtamente, durante um congestionamento na Ponte Rio- Niterói, com um pensamento que pertubou todo meu "método" de pensar de até então.

Não que eu tenha o poder de "rotinar" a vastidão das coisas e acontecimentos que norteiam , com constãncia, meus pensamentos. Mas , de certa maneira, os que me surgem amiúdes nessas ocasiões em que parecemos estar vulneráveis, mais até, sujeitos a pensar, sempre se mostraram triviais. Como quando recapitulo os acontecimentos que me acabaram de ocorrer, ou quando planejo os que estão por vir, enfim,coisas comuns que às vezes nos surpreendemos pensando.

Todavia, nesse dia, diante a invalidade em que me encontrava - presa duas horas em um ônibus com um bando de pessoas estranhas e falantes - me senti egoísta em meus pensamentos.

Em meio a sussurros e falanças, que esgotavam o silêncio do ônibus, me perdi em mim mesma. Encontrei-me sozinha e ignorante a um assunto, quer dizer, à falta deste.

Daí, a fresta de um pensamento começou a me dominar. Não dei conta. Busquei, insaciavelmente, um comum, um assunto que de fato à todos fosse interessante, um vulgar-um assunto popular. Pensei de tudo um pouco: Em trabalho, futebol, relacionamentos, dinheiro, sexo, política, Big Brother, no capítulo da novela anterior, enfim, procurei uma resposta.

Deu-me uma vontade louca de perguntar à todos que dividiam espaço e tempo comigo, o que lhes faziam conversar? Pensar? O que falavam naquele momento, ou no momento anterior? O que falam no dia-a-dia? Será que se houvesse no mundo um assunto que realmente a todos fosse atraente, não seria mais fácil uma comunicação universal?

Não sei. Mas sobretudo, acho que não há uma resposta absoluta para esse meu questionamento. As pessoas pensam, porque pensar é uma particularidade humana e, a diversidade de nossos pensamentos diz respeito à cultura em que estamos inclusos,`a sociedade, à tribo e principalmente a nossa vivência.

Decerto, só posso afirmar, se é popular ou não, assunto nunca vai faltar.