domingo, 31 de janeiro de 2010

Olhos de diretor!

Eu enquadro tudo à película da minha retina. Quadrada!
Dou o melhor plano à arte minha.
Enquadro ele e ela num contra-plano. Face a face.
Em seguida exploro um extra. Fujo da tensão.

Eu dirijo um filme.

Ressalto as cores na alegria e no amor.
E preto e branco na incerteza e solidão.

A trilha sonora é protagonista.
De um filme sem comunicação.

Faço um travelling quando o suspense convém. Ou a aflição.

Dirijo um filme de ficção.

Gravo. Focalizo. Dou o melhor ângulo e quadro. Faço close e distancio. E erro.
Vejo colorido no preto e branco e preto e branco no colorido.
Ação, olhos. Gravando.

A dois olhos, de um só diretor, crio uma obra cinematográfica.

Quando canso, faço um plano-sequência inteligível ao contexto.
E corto. Corto pra mudar de cena.

Eu ando assim, vendo tudo enquadrado.

Dirigindo um filme sem roteiro.

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