quinta-feira, 2 de julho de 2009

Eu desejaria..

Eu desejaria escrever.
E o pior é que poderia.
A liberdade do mundo servir-me-ia.

Ah, hostil liberdade!
Por que me deixaste assim? Ô, inércia de matar.

Nada promete. Nada descarta. Nada arrisca.
Nem rabisca.

E o que faço com as folhas em branco?
Com a imaginação reprimida?
Com a narrativa não contada?
Com o leitor não alcançado?

Ah, covarde liberdade!
Por que me deixaste assim? Ô, inércia de matar.

Xô, moleza! Deixe-me aventurar.

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