segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fora do Contexto!

Era uma bela manhã de domingo. Daquelas que começam com o canto dos galos, o ecoar dos pássaros, o Sol radiante e com o bom e velho humor de Mrs Jones.

Mrs Jones, como sempre, gostava de acordar cedo aos domingos. Como trabalhava muito nos dias úteis, dedicava-se mais ao lar e à família nos finais de semana. E nesse dia não ia ser diferente, mesmo a casa tendo adormecido mais cheia do que de costume.

Estavam presentes seus familiares - o que resultou em uma pilha de louças, papéis jogados por toda parte e almofadas no chão. Sem falar nas sobras do jantar e nas guloseimas ainda postas na mesa, confirmando o quanto o sábado passado havia sido agradável.

Nesse dia, Mrs Jones acordou diferente. Estava satisfeita, animada com a bagunça total em que se encontrava sua casa. Afinal de contas, o dia estava entoado e, nem mesmo alguns copinhos a menos na despensa e uns caquinhos a mais para limpar pareciam tirá-la a empolgação. A saudade apaziguada pelo reencontro com as primas, primos, tios, sobrinhos e até mesmo com os pais – que não era tão ausentes como os demais – a recompensava.

Contava ela também com as prestativas parentas, que começaram desde cedo a ajudá-la na organização. Entre elas, tia Tess se mostrava com boa serventia. Botava ordem na bagunça ao mesmo tempo em que as crianças e os maridos continuavam com seus sonos profundos, conseqüência das altas horas em claro da noite anterior.

Enquanto as mulheres colocavam a mesa do café com um jeitinho diferente e com quitutes especiais, Jones arrumava a sala ao som de uma velha canção que sintonizava bem o clima da manhã. Tudo estava em perfeita harmonia e, um ar familiar e pacífico tomou conta de sua casa.

Aos poucos tudo voltava aos seus devidos lugares. Com a mesa do café já posta, a família acordava em peso e começava a degustar as iguarias feitas com todo apreço pela anfitriã.

Ao redor da mesa, todos gozavam de uma imensa felicidade. Mas parecia faltar alguém: a filha caçula de Mrs Jones que acabara de acordar.

Caminhando alegremente em direção à mesa, com uma boneca entre as mãos, disse à mãe que o Papai Noel havia lido sua cartinha. E a mulher, acentuando um sorriso, orgulhou-se por ter dado à filha um aprazível presente.

Era a manhã de Natal.

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